Bruxismo
O bruxismo é uma desordem funcional, caracterizada pelo apertar ou ranger dos dentes, que, dependendo do tempo de evolução, frequência e gravidade, pode provocar o desgaste, amolecimento e sensibilidade dos dentes, além de problemas nas gengivas, músculos da face e na articulação da mandíbula (ATM).
O bruxismo pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente nas crianças e independe do sexo da pessoa; sua incidência tende a diminuir com o passar dos anos. Geralmente é inconsciente, ocorre no período do sono e apesar de ainda não se ter estabelecido uma causa específica para o problema, na maioria das vezes o bruxismo está associado a questões genéticas, alterações anatômicas (problemas de má oclusão = mordida), refluxo gastroesofágico, apnéia do sono, como efeitos colaterais de alguns remédios (antidepressivos), complicações de doenças pré existentes (tais como a doença de Parkinson), devido ao abuso de substâncias estimulantes (cafeína, nicotina, drogas) e em períodos de ansiedade, stress e tensão.
Os sintomas mais comuns, além do barulho do ranger de dentes à noite, são as dores, nos músculos da face em si, cabeça (região temporal), pescoço e até nos ouvidos, principalmente ao acordar; os dentes podem se apresentar com desgastes ou rachaduras e/ ou amolecidos e sensíveis; algumas pessoas podem ter queixas de zumbido, alterações do sono e estalidos ao abrir e fechar a boca.
Atualmente existem vários tratamentos para o problema, desde ajustes na mordida, confecção de ‘placas de alívio’ (placas interoclusais de silicone ou de acrílico, moldadas segundo o formato da arcada dentária da pessoa), cirurgias, psicoterapia, fisioterapia, medicamentos miorrelaxantes e/ou ansiolíticos, até aplicação de toxina botulínica local nos músculos acometidos, tudo depende da etiologia de cada caso.
Para definir as causas do bruxismo é importante passar por avaliação com um profissional de saúde de sua confiança – os experts no assunto são os cirurgiões dentistas, mas um trabalho multidisciplinar é fundamental para melhor abordagem do problema. Médicos clínicos gerais, pediatras, psiquiatras, otorrinolaringologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros, também podem auxiliar no diagnóstico inicial, diferencial e no direcionamento da terapia.
