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Síndrome do Túnel do Carpo

A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma NEUROPATIA que acomete o nervo que passa na região do punho, o nervo mediano (localizado entre a mão e o antebraço), submetendo-o a compressão, resultando nessa afecção.

A STC é mais comum entre mulheres, atingindo seu pico de prevalência entre os 45 a 54 anos de idade. As taxas de PREVALÊNCIA relatadas na população geral variam de 0,15% a 5,8% em mulheres e 0,6% a 1,55% em homens.

Existem diversas CAUSAS que levam à STC, sendo que a principal é a L.E.R. (lesão por esforço repetitivo), resultante de movimentos repetitivos como digitar ou tocar instrumentos musicais. Dentro do grupo de etiologias encontramos também causas traumáticas (quedas e fraturas), inflamatórias (como a artrite reumatoide, por exemplo), hormonais (pacientes com histórico de diabetes mellitus e doenças da tireóide), medicamentosas e tumorais.

A manifestação CLÍNICA mais comum é a parestesia (=sensação de dormência / formigamento) nas mãos, em especial nos dedos indicador, anelar e médio, com predominância no período noturno; podendo se estender até o antebraço, braço e ombros. A medida que a STC progride, torna-se cada vez mais difícil manipular objetos pequenos e/ou executar tarefas simples, tais como amarrar os sapatos.

O DIAGNÓSTICO é estabelecido com o auxilio de dois testes clínicos: o teste de Phalen e o teste de Tinel. O primeiro é feito dobrando-se o punho, mantendo-o fletido durante um minuto – o que leva ao aumento da pressão intracarpeana, caso haja compressão do nervo, os sintomas intensificam-se; já o teste de Tinel é realizado percutindo-se o nervo mediano – em casos de comprometimento a sensação será de choque e formigamento. Em alguns casos pode ser necessária a complementação diagnóstica com a realização de um exame de eletroneuromiografia.

O TRATAMENTO, em casos de compressão leve, pode ser realizado por meio da IMOBILIZAÇÃO do punho utilizando-se pequenas talas de material rijo, mas flexíveis. É importante frisar que o punho nunca deve ser enfaixado, pois pode piorar a compressão e a abordagem fisioterápica deve ser evitada nessa fase.

Com relação aos casos no qual não há sucesso no tratamento com a imobilização, ou então, a eletroneuromiografia evidencia compressão severa, opta-se pelo TRATAMENTO CIRÚRGICO, que tem o objetivo de abrir o canal por onde o nervo passa. Em casos de compressão prolongada do nervo, pode haver atrofia irreversível, com recuperação escassa mesmo após o procedimento cirúrgico.

A síndrome do túnel do carpo pode ser PREVENIDA por meio de algumas medidas, como:
– Evitar atividades que levem à realização de movimentos de flexão-extensão do punho;
– Como alterações hormonais da tireóide e certas doenças, como a diabetes, podem causar neuropatias compressivas, estas condições devem ser controladas;
– Mulheres no climatério (menopausa) estão mais propensas a desenvolver a síndrome do túnel do carpo, devido à queda na síntese de estrógeno, sendo assim, recomenda-se procurar um médico da área e seguir suas recomendações;
– Sentar-se de modo correto e apoiar ambos os braços e punhos quando usar o computador, além de fazer pausas em casos de passar tempo prolongado nessa posição, alongando e relaxando costas, ombros, punhos e mãos.

Ainda tem dúvidas ou precisa de uma avaliação especializada? Consulte um ORTOPEDISTA!

Postado em 23 de março de 2018.